Intimi Expo 2022 mostra a potência do mercado de produtos sensuais.

Estivemos neste final de semana na Intimi Expo, a maior feira de negócios do mercado íntimo e sensual da América Latina, que aconteceu de 25 a 27 de março no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, SP.

Única no mundo com enfoque nesse mercado, a Intimi Expo reúne as mais relevantes marcas e produtos nacionais e mundiais do mercado, e serve como cenário para lançamentos cheios de inovação, tecnologia, design e preocupação com qualidade, bem-estar e saúde.

Idealizada, organizada e realizada pela jornalista e empresária Susi Guedes, a feira chega à sua 8a. edição investindo na capacitação e estímulo do empreendedorismo no segmento.

Da primeira edição até a atual, houve um crescimento de 327% no número de visitantes e quatro vezes mais expositores e marcas. Além do crescimento numérico, durante a realização da feira foi perceptível a evolução desse mercado maneira geral, com stands bem construídos e cheios de atrações e palestras, produtos com embalagens e campanhas mais elegantes, variedade de itens, comunicação mais efetiva com os clientes e redes sociais mais atuantes.

O setor foi um dos poucos experimentaram crescimento durante a pandemia. O mercado de produtos eróticos acabou faturando com o isolamento social – afinal, de um lado os solteiros viram suas possibilidades de encontrar novos parceiros praticamente zeradas; de outro, os comprometidos ou casados precisavam dar mais “cor” às suas relações submetidas ao desgaste da intensa convivência durante o período.

Para se ter uma ideia, em 2020, o setor movimentou em todo o mundo US$ 78 bilhões, de acordo com dados da Allied Market Research*. Há projeções de que até 2027, a área tenha um crescimento anual de 5%. A ABEME estima que no Brasil, o valor estimado de vendas tenha sido de R$ 2 bilhões em 2020.

A internet foi o canal escolhido pelos consumidores para efetuar um terço das compras de produtos sexuais em 2020. Um aumento de oito pontos percentuais em relação ao ano anterior. Metade das compras mundiais foram realizadas por norte-americanos. Nos EUA, 43% dos casais utilizaram brinquedos eróticos durante o confinamento.

O perfil do consumidor é predominantemente de homens heterossexuais (45%), seguido de mulheres heterossexuais (40%) e pessoas LGBTQIA+ (15%).

Uma pesquisa realizada no Brasil e divulgada pelo Portal Mercado Erótico** apontou que o número de empreendedores que atuam no setor triplicou em 2020, em relação ao ano anterior. Isso ocorreu em virtude da redução do emprego e a impossibilidade do exercício de atividades informais durante o período de isolamento social.

Calcula-se que existam no mercado brasileiro 100 fornecedores, entre indústrias nacionais, importadores e distribuidores, além de 9 mil pontos de vendas e 50 mil vendedores porta a porta. A maior parte dos empreendedores do setor ( 76,13%) são mulheres e quase metade (47%) trabalha por conta própria, sem funcionários.

Uma parceria com o SEBRAE – que se estende desde a primeira edição da Íntimi Expo – consolida a vocação da feira para o estímulo ao empreendedorismo – uma unidade móvel da entidade esteve de prontidão durante todo o evento dando atendimento e consultoria, e incentivando a capacitação e a formalização dos empreendedores do setor. Além disso, nos três dias do evento, o SEBRAE ocupou o palco com palestras sobre comportamento empreendedor, formação de preços, estratégias de vendas e muito mais.

Uma dica imperdível: como parte desse trabalho de qualificação do setor, o SEBRAE realizará de 04 a 08 de abril de 2022, das 19 às 21 h, o curso online e gratuito “Sex Shop – Um Negócio Lucrativo”. As inscrições podem ser feitas pelo Sympla, neste link: https://www.sympla.com.br/sex-shop-um-negocio-lucrativo__1509541.

O cenários e os números são favoráveis, as oportunidades de qualificação estão aí – então, se você é fabricante ou lojista do setor de produtos sensuais, aproveite essa oportunidade para aparecer e crescer. E, se precisar de uma mãozinha para estruturar a área de propaganda e marketing digital da sua empresa, entre em contato com a gente: 11 99112-6386.


(*) Sexual Wellness Market Expected to Reach $108,320.0 Million by 2027: https://www.alliedmarketresearch.com/sexual-wellness-market-A06393.
(**) A pesquisa foi realizada em fev/21 e ouviu 135 empresários, de diversos tipos de negócios no mercado erótico.

Outras fontes sobre o tema:
Portal PEGN: Mercado erótico triplica em número de empreendedores na pandemia https://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2021/03/mercado-erotico-triplica-em-numero-de-empreendedores-na-pandemia.html.
– Portal Universa UOL: Mercado erótico cresce 12% e é opção para quem quer empreender https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/10/03/mercado-erotico-cresce-12-e-e-opcao-para-quem-quer-empreender.htm.
Portal Yahoo Notícias: Mercado de produtos eróticos movimenta R$ 2 bilhões no Brasil https://br.noticias.yahoo.com/mercado-de-produtos-eroticos-cresce-na-pandemia-150145176.html.

Tempo, ontem e hoje.

Ando pensando muito sobre a questão do tempo. A gente nunca tem tempo pra nada. A gente nunca diz: “ai, o que eu faço com esse tempo todo que eu tenho sobrando?”

Quando, nos anos 1980, eu e o Fernando Brengel abrimos a nossa agência de publicidade, a Presença Propaganda, já era assim. Em nossa área de atuação, a frase mais usada sempre foi: “é pra ontem“. Só que o “ontem”, em tempos analógicos, poderia significar um dia, uma semana, ou até mais. Os processos tomavam muito mais tempo — elaborar um layout no guache, providenciar a fotocomposição do texto, fazer o paste-up, planejar, negociar e contratar mídia, produzir os materiais (fotos, filmes, impressos).

Em meados dos anos 1990, os ventos da digitalização começaram a soprar.

Compramos nossos primeiros computadores Macintosh. Logo depois estávamos conectados à internet (discada) e tínhamos nossos endereços de e-mail. Podíamos fazer o download de fotos em high-res dos bancos de imagens em apenas algumas horas! Uau! Comemoramos: “agora sim, vai sobrar tempo para aquele tal do ‘ócio criativo’ que o De Masi fala”!!!

É mesmo??? Depois da internet discada veio o cabo, a fibra ótica, o wi-fi e as velocidades de conexão aumentaram absurdamente. Novos hardwares e softwares, apps, e redes sociais agilizaram ainda mais as coisas. Estamos conectados 24h por dia, em todos os lugares. E, com tudo isso, subiu a altura do “sarrafo” que você tem que pular pra atender o “é pra ontem”, que passou a significar “daqui a pouco” ou, simplesmente “já”.

Continuamos sem tempo para o ócio (criativo ou não), e ainda adicionamos “mezaninos” às nossas horas – afinal, pra que fazer uma coisa só de cada vez? O lance agora é ser multitarefa, multitelas, multicanais, multieficientes, multi…

O que resta? Aguardar a invenção da máquina do tempo de que H. G. Wells tanto falou, pra ver se conseguimos entregar ontem o trabalho que nossos clientes vão pedir daqui a 15 dias.

Mas, por favor, dá pra pagar antes de ontem, pelo menos?

….

Agora, me conta: o que você faz para conviver melhor com esses nossos tempos acelerados e administrar melhor o seu tempo?


Jennifer Monteiro, sócia e diretora de atendimento da Presença Propaganda, idealizadora, junto com o sócio Fernando Brengel, do Projeto Apareça e Cresça.

Persistir sim, perder tempo, não.

Até que ponto a insistência é eficaz para conquistar clientes? Qual é o momento em que o investimento na realização de negócios deixa de ser produtivo para se tornar mera perda de tempo, energia e recursos?

O tema é polêmico. Não há a solução única para resolver essa questão. Cada caso é um caso. Porém, é necessário às empresas refletirem a respeito. Criarem, a partir de sua experiência, formas de avaliar se devem ou não manter um contato mais estreito com clientes potenciais arredios às suas investidas.

Nem sempre as regras são claras

“Sim, desejamos negociar”. “Não, obrigado, não nos interessa no momento”. Respostas diretas facilitam o relacionamento. Porém, ao vendermos produtos e serviços lidamos com uma área cinzenta, em que, muitas vezes, não há clareza se teremos chance de sucesso. Por quê?

Pensemos do lado do comprador. Fechar uma porta pode ser desinteressante para ele. Afinal, hoje o potencial interessado não deseja as ofertas do vendedor mas, quer mantê-lo “na manga”. Muitas vezes está acomodado em comprar daqueles com os quais tradicionalmente faz negócios. Ou não teve tempo de analisar profundamente as propostas. Além disso, tem de enfrentar o medo do novo, que pode, em alguns casos, ser decepcionante.

Porém, e do lado do vendedor? Manter prospects na carteira demanda todo um esforço que simplesmente pode não frutificar. Um risco a ser melhor avaliado, afinal, a insistência custa.

Comunicação – um importante aliado

Nesse jogo de possibilidades, a comunicação desempenha um papel importante na presença das marcas junto a públicos que não se definiram pela sua adoção. O contato regular entre vendedores e compradores pode ser feito facilmente, e a baixo custo, através do relacionamento virtual. Dessa maneira, fornecedores conseguem manter latente junto a seu público seus propósitos, evolução, novidades e conquistas. Essa estratégia libera a equipe de vendas para se dedicar aos clientes existentes ou com possibilidades reais de negócios. Enquanto isso, a comunicação age para convencer, a longo prazo, aqueles que ainda não experimentaram as vantagens de trabalhar com A, B ou C.

Live, uma poderosa ferramenta para ouvir o consumidor.

Há anos fui jantar em um restaurante francês. Ao terminar a refeição, meu amigo solicitou falar com a Chef. Após parabenizá-la pelos pratos, meu amigo, entendedor de culinárias refinadas, fez uma observação a respeito de uma de nossas escolhas. U-la-lá! Bastou tecer o mínimo reparo quanto à receita para sentirmos o clima mudar radicalmente. A Chef, tensa, cara de poucos amigos, esforçou-se para não nos mandar catar coquinho em outra freguesia. Saí de lá convicto que não voltaria mais. Meses depois o restaurante fechou, o motivo não sei, mas que a intransigência nos negócios custa caro, isso custa.

Empreendedores sabem como ninguém da impossibilidade de adotar todas as sugestões apresentadas. Há clientes que têm razão, outros, não. Porém, o refinamento de uma iniciativa só acontece quando olhos e ouvidos estão atentos para detectar os deslizes e potencializar as forças que levam uma marca a ser bem-sucedida. Esse exercício, contínuo e dedicado, é um dos ingredientes mais notáveis de empresas vitoriosas.

A pandemia certamente mudará, se é que já não mudou, a forma de operarmos e servirmos o nosso público. Mais: realinharmos os nossos negócios, adaptando-os, ou até recriando-os, para competirem em um mundo em transformação, portanto, relacionarmo-nos de forma transparente com nossos clientes é fundamental para nos ajudar a traçar rumos, adotar experiências, ousar e retomar plenamente as nossas atividades balizados por parâmetros, em muitos casos, absolutamente diferenciados.

Esteja aberto a ouvir

Nos últimos tempos, as lives viraram febre, uma ferramenta barata e eficaz de manter as marcas latentes na cabeça das pessoas. Pergunta, por que não usá-las como meio de pesquisa e inovação? Ao invés de recorrer a esse precioso instrumento para falar, por que não adotá-lo para escutar? Compreender o consumidor, que tem muito a contribuir para edificarmos maneiras inusitadas de levarmos bens e serviços ao mercado. Para mudarmos nossa postura perante as necessidades que surgem. Acima de tudo, aprimorarmos nossas ofertas, atendimento, mix, entre outros tantos fatores.

Criar um grupo de habitués dos nossos negócios e, tête-à-tête, pedir sugestões, críticas, deixar com que expressem suas vontades, pode ser um caminho interessante para filtrar as melhores ideias, aquelas que necessitamos para enfrentar esse tempo que nos desafia com uma grande interrogação.

Crie uma live, abra espaço para quem conhece as suas atividades e deseja contribuir com o seu progresso. Sem dúvida, um bate-papo franco tem muito a fazer em prol do seu desenvolvimento empresarial.


Fernando Brengel é sócio e Diretor de Criação da Presença Propaganda, um dos idealizadores do Projeto Apareça e Cresça, header do Empório Barilotto Bebidas & Sabores, palestrante e escritor.

Mantenha a sua marca viva!

Nos anos 1940, quando a indústria norte-americana estava toda dedicada aos esforços de guerra, produzindo artefatos que seriam utilizados nos campos de batalha, uma das mais maiores companhias do globo lançou a campanha “Há um Ford em seu futuro”. Ou seja, oito décadas atrás, a publicidade já entendia a necessidade de manter as marcas presentes na cabeça e no coração dos consumidores numa situação difícil – afinal, a guerra teria fim e, apesar das dificuldades, os interessados voltariam a consumir.

Hoje o inimigo mudou. Ele não é visível, mas assusta. Ele não veste farda, não carrega armas, porém mata do mesmo jeito. As preocupações do momento lembram aquelas do passado. “Quero vencer a pandemia de coronavírus e sair vivo” certamente é a tônica dos nossos pensamentos. Sonhos de consumo são adiados e o que interessa é a manutenção da saúde e o atendimento das necessidades mais imediatas.

Nesse cenário, as pequenas empresas são as que mais sofrem. E é justamente esses empresários e empreendedores quem desejo provocar de maneira positiva.

Há quanto tempo você vem investindo no seu negócio? Na sua marca? Sejam quais forem as respostas, resgate a sua motivação, e não deixe a peteca cair.

Não perca mais tempo, comece a agir imediatamente.

Mantenha-se próximo do seu público – lembre-o sempre que sua marca está hoje e estará no futuro com ele. Seja criativo, leve informação e serviços para seu cliente. Já percebeu a quantidade de lives que inundaram as redes sociais? Músicos, chefs de cozinha, professores, consultores, donos de negócios (até dos mais segmentados), estão colocando o otimismo e seu conhecimento em campo para preservar o que uma estrutura empresarial tem de mais valioso: a marca.

No fundo, o pessoal que está investindo em lives e outras tantas formas de comunicação está seguindo os passos que a Ford (lembra?) trilhou em um momento extremamente delicado da História universal, a 2ª Guerra Mundial. Com uma diferença: hoje temos um aliado que a montadora nem sonhava possuir – o mundo digital, que nos garante conexão planetária, acessível e barata (e até gratuita). Muito mais fácil fazer nossa mensagem chegar a quem desejamos, hein?

Lembre-se, as pessoas estão mais em casa, o que aumenta os acessos à rede mundial de computadores. O público tem mais tempo para descobrir e se relacionar com as marcas. O que você está fazendo nesse sentido?

Ah Fernando! Mas hoje ninguém vai comprar, está todo mundo sem dinheiro, e economizando o que tem”. Leu direito o que escrevi a respeito do tempo? Pois ressuscite ou amplie a capilaridade da sua marca agora. A-go-ra!

Os meios digitais não ganharam importância à toa, são ferramentas essenciais no compartilhamento de conhecimentos, informações, diversão, cultura e na divulgação das marcas. Há 35 anos, quando comecei na publicidade, não poderia imaginar que o espaço da timeline de alguém seria ocupado igualmente tanto pela padaria do bairro quanto pela gigante dos refrigerantes. Quando – mesmo em meio à divagação mais absurda -, poderia adivinhar que a lojinha da esquina teria seguidores, portanto potenciais clientes, em número suficiente para incomodar o grande magazine? Em que momento o Seu Zé dos serviços gerais disputaria o mundo virtual com a poderosa empreiteira?

Havia pensado no digital por esse ângulo? Dá uma animadinha, né?

Pois foque no futuro e prepare-se para voltar a sorrir.

Foque no futuro e prepare-se para voltar a sorrir. Mantenha sua marca viva!

É urgente tratar da sobrevivência da sua marca. Se você perdeu o chão, aprume-se. Seu concorrente já está se movimentando enquanto você ainda lamenta a situação.

Ah! Se você não sabe como fazer, qual a forma de lidar com tantas variáveis, analisar dados, traçar estratégias e assim por diante, vai aí uma solução simples e rápida: tem uma porção de bons profissionais dispostos a encarar esse baita desafio com você. Gente necessitando trabalhar para também manter as suas marcas ativas. Que tal conversar com eles? Que tal buscar ajuda especializada?

O mundo mais uma vez está mudando, portanto procure quem pode te orientar quanto aos possíveis cenários que se avizinham. Mais: não tema jogar na mesa uma proposta ousada. Talvez seja exatamente o que a outra parte queira ouvir. Só não fique pensando na realidade que você vivia. Ela acabou. Cabe a você começar outra – diferente, mas que também pode ser muito boa e lucrativa.


Fernando Brengel é sócio e Diretor de Criação da Presença Propaganda, um dos idealizadores do Projeto Apareça e Cresça, header do Empório Barilotto Bebidas & Sabores, palestrante e escritor. Durante mais de vinte anos foi professor universitário e, como bom brasileiro, “não desiste nunca!”

Empreendedorismo no setor artístico e cultural – um potencial a ser explorado.

Segundo a Revista Exame (mai/19), citando levantamento feito pelo IBGE, 320 mil empresas no Brasil estão voltadas para a produção cultural (quase 6% do total de empresas no país). Além disso, empregam formalmente cerca de 3,7 milhões de pessoas e são responsáveis por 8,5% dos postos de trabalho.

O crescimento médio anual dos setores criativos no Brasil foi de mais de 6%. Esse índice é superior ao do aumento do PIB nacional nos últimos anos, com cerca de 4,3%, segundo pesquisa feita pela consultoria PricewaterhouseCoopers. Pesquisas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam uma participação de 7% de bens e serviços culturais no PIB mundial, com crescimento anual previsto em torno de 10% a 20% no Brasil.

Apesar de todo esse potencial, o setor ainda não recebeu a atenção devida. Carece de uma alavancagem das produções nacionais e da construção de espaços de lazer – atualmente apenas 21% das cidades brasileiras contam com salas de teatro e apenas 9% possuem salas de cinema. O uso da cultura para aquecer a economia exige ações diferenciadas.

O ex-ministro da Cultura e atual Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, afirmou que o Brasil poderia se tornar uma potência no setor da indústria cultural assim como os Estados Unidos – que ao longo do século 20 consolidou-se como a principal matriz cultural e criativa no mundo, e continua seguindo por esse caminho neste século 21.

Profissionalização do setor

Considerando esse cenário, resgatamos um vídeo muito interessante que captamos durante a realização da Feira de Empreendedorismo Artístico – FEA 2019, nos dias 25 e 26 de agosto, no Espaço JK, em São Paulo, SP.

Totalmente voltada para os empreendedores e profissionais de teatro, cinema, televisão, circo, comédia, teatro musical e outras atividades relacionadas às artes e à cultura, a feira trouxe conteúdo de excelente qualidade e muita troca de informações e experiências. Uma importante contribuição para a qualificação e profissionalização do setor em questões ligadas ao negócio artístico e cultural – pelo viés administrativo, financeiro, mercadológico etc.

Visão de negócio

Um dos pontos altos foi a palestra do Eduardo Saron, Presidente do Itaú Cultural e Conselheiro da Cultura do Estado de São Paulo. O tema: “A visão do Patrocinador”. Saron deu excelentes dicas para o produtor cultural que busca viabilizar seus projetos através de um patrocínio – como apresentar uma proposta; a importância do alinhamento do projeto ao core, causa, coerência e propósito da empresa; entre outras.

Vale a pena ouvir o que ele tem a dizer no vídeo abaixo. Assista, e deixe seus comentários.

MPI 2019 – Insights do Painel “Indústria – Relacionamento com o Varejo” – a palavra da Amazon

Este é o último post da série reunindo insights obtidos durante as palestras e painéis do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019. Desta vez, abordamos a apresentação de Juliana Sztrajtman, gerente de categorias para varejo da Amazon, no painel “Indústria – Relacionamento com o Varejo”.

Estar presente em marketplaces como a Amazon é cada vez mais estratégico para empresas de todos os portes, permitindo a ampliação dos seus canais de contato seu público-alvo. Segundo Juliana, para que essa estratégia tenha sucesso, todos os envolvidos nesse processo – indústria, varejo, canais – devem estar a serviço do consumidor, daquilo que ele precisa. É isso que deve orientar o passo a passo de qualquer projeto.

Ser obcecado pelo cliente, e não pelo concorrente.

A obsessão pelo cliente é uma das diretrizes estabelecidas pelo fundador, presidente e CEO da Amazon, Jeff Bezos, desde a criação da empresa. Para ele, o importante sempre foi preocupar-se com os clientes, não com os concorrentes. Afinal, é com seus clientes que a Amazon se relaciona no dia a dia, e eles só se manterão fiéis enquanto forem surpreendidos com qualidade, inovação e o melhor serviço.

Se isso vale para a Amazon, vale para todas as empresas.

Confira um pouco mais no video abaixo.

MPI 2019 – Insights do Painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro” – a palavra do Google

O aumento exponencial de dispositivos conectados – computadores, celulares, tablets etc. – trouxe grandes mudanças na jornada do consumidor. E é sobre essas mudanças que Rodrigo Rodrigues, Diretor de Soluções a Clientes para o Google Brasil, falou em sua apresentação no painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro”, no Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019.

A expectativa é que em 2020 cheguemos a 20 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo – com crescente aumento da fatia representada pelos dispositivos móveis. O Brasil não é exceção. Hoje estima-se em 235 milhões o número de smartphones no país, e o grande crescimento de usuários de internet vem justamente de pessoas que nunca a acessaram por computadores. A previsão é que em 2020, 70% das pesquisas na internet sejam feitas através do celular.

Esse aumento todo de conectividade – e principalmente a conectividade móvel – faz com que seja cada vez maior o volume de pessoas se relacionando com empresas via internet – através dos mecanismos de pesquisa, sites, redes sociais etc. Com o celular à mão, essa interação pode acontecer a qualquer hora e lugar, e por motivações diferentes. A jornada do consumidor deixou de ser linear e se tornou fragmentada.

Isso muda a forma com que as empresas precisam falar com seu público. A conversa tem que ser customizada. Não basta mais pensar nas segmentações tradicionais. Uma importantíssima variável deve ser considerada – o momento do consumidor no momento da interação .

Para cada momento, um conteúdo específico

Os pontos de contato do indivíduo com a empresa podem acontecer em diversas situações:
– numa pesquisa quando o cliente busca mais informações sobre um produto do qual ouviu falar ou viu num comercial;
– quando ele está mais próximo do momento de compra e busca características do produto e/ou serviço e as compara com as de outros no mesmo segmento;
– a hora da busca por preços;
– o momento da ida à loja;
– o pós compra, quando ele procura saber melhor como usar aquele produto;
e muitos mais.
Ou seja, há muitos momentos de conversa com o consumidor, e cada um tem que ter um conteúdo específico. Pensado pra isso.

74% das pessoas confiam mais em um negócio quando ele aparece nos resultados de busca, quando ele tem alguma presença online. A experiência ruim no meio digital – querer saber mais sobre um produto ou serviço e não encontrá-los na internet; tentar acessar um site e ele não carregar; não encontrar exatamente a informação buscada; não receber retorno de uma interação etc. – tem o mesmo efeito que ir a um estabelecimento e bater com a cara na porta ou se deparar com um atendimento ruim no ambiente físico.

Eficiência para crescer

Com o consumidor cada vez mais exigente e a crescente oferta de alternativas online, há uma pressão cada vez maior por eficiência por parte das empresas – e ela vem com a automatização da comunicação combinada com sua customização. Aproveitar melhor cada momento, cada ponto de contato, e interagir com o consumidor com a mensagem certa para a situação é imprescindível para as empresas que querem continuar a crescer nesse cenário. As ferramentas digitais estão aí pra isso, mas elas não são tudo. Pensar bem as táticas e estratégias continua sendo fundamental.

MPI 2019 – Insights do Painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro” – a palavra do Facebook

Seguimos com mais este post resgatando o valioso aprendizado compartilhado pelos palestrantes e painelistas do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019. Desta vez, destacamos a apresentação de Leo Bonoli, Head de Marketing de Pequenas e Médias Empresas do Facebook.

Um dos pontos importantes levantados por Bonoli no painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro” com base numa pesquisa* realizada em parceria pelo Facebook, Instituto Locomotiva e Ibmec foi que as pequenas e médias empresas que estão inseridas na economia digital têm um faturamento em média 20% maior do que aquelas que não estão. Seu tempo de sobrevivência também é maior. Ou seja, só essas duas informações são razões mais do que suficientes para sua empresa encarar a entrada no ambiente digital o mais rápido possível, caso ainda não o tenha feito.

Segundo o painelista, nunca houve momento melhor para transformar boas ideias em grandes oportunidades, e o marketing também está inserido nisso. Hoje ele está totalmente transformado, fornece métricas cada vez mais precisas e KPIs muito mais eficientes que permitem que a empresa aloque seu investimento exatamente onde seu cliente está, e não onde ela imaginava que estivesse. Isso é possível por conta dos novos recursos de datacenters gigantescos, Inteligência Artificial e algoritmos sofisticados – enfim, por conta desse crescente processo de digitalização pelo qual passamos.

Marketing e propaganda: a grande demanda das PMEs

Em face de todo esse processo, onde as pequenas e médias empresas precisam de mais apoio hoje? Não é nos serviços e produtos que oferecem, naquilo que elas já sabem fazer bem. Segundo as próprias empresas afirmam em várias pesquisas, é em orientação, em créditos e serviços financeiros, mas – PRINCIPALMENTE – em marketing e propaganda.

É aí que entra o Apareça e Cresça

Sobre esse quesito – propaganda e marketing – nós, do Projeto Apareça e Cresça, temos muito a falar e contribuir. Em nosso contato com pequenas e médias empresas se aventurando pela seara do marketing digital, temos nos deparado com muitos erros. O principal deles é achar que a automatização resolve tudo, e tratar o público como uma massa uniforme. Com certeza, isso é mais fácil e rápido. Mas pouco efetivo.

Usar o ambiente digital – Facebook, redes sociais em geral e outras ferramentas – não é tão simples como muitos querem crer. É necessário uma sólida estratégia. Pressupõe estabelecer uma comunicação personalizada, uma conexão empresa-consumidor, uma conversa. Demanda “ouvidos” para as necessidades e dores do cliente. Exige tempo, cuidado, atenção.

Também é necessário entender que todas essas ferramentas precisam ser utilizadas numa sintonia perfeita. Redes sociais azeitadas não combinam com um site capenga; estratégias de comunicação não são nada sem métricas precisas; e por aí vai.

Conclusão: a estratégia é estabelecer um relacionamento verdadeiro, integral e multichannel com seu público-alvo. A empresa que não tiver isso em mente jamais usufruirá de todos os benefícios que o ambiente digital tem a oferecer.


(*) Faça o download do arquivo .pdf com o resumo dessa pesquisa neste link.

MPI 2019 – Insights do Painel “O Uso do Big Data nas Vendas”.

A frase “dados são o novo petróleo” permeou várias palestras do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019 – , e mais ainda as que integraram o painel “O Uso do Big Data nas Vendas”. Todos os profissionais convidados fizeram questão de frisar a importância dos dados para o sucesso de uma empresa, tenha ela o porte que tiver.

Resumimos aqui alguns insights da fala de Marcelo Passos, que tem em seu currículo passagens pela vice-presidência de atendimento da DM9DDB, pela diretoria de marketing do Corinthians e pela diretoria das agências África e MPM. Nessa trajetória, esteve envolvido diretamente nas estratégias mercadológicas de clientes como Guaraná Antártica, Johnson & Johnson, Itaú, C&A, Burger King, Dell, Vivo, Intel, Leroy Merlin, entre outros.

Toda vez que efetuamos uma compra e incluímos nosso CPF na nota fiscal, ou usamos nosso cartão de crédito, são dados que estamos gerando. É uma realidade da qual não podemos escapar. Para quem tem uma empresa, seja ela pequena, média ou grande, esses dados são essenciais não só para ajudar nas vendas, mas para garantir eficiência em toda a cadeia do negócio. Dados ajudam a comprar bem, produzir bem, vender bem.

Se hoje as ferramentas existentes nos permitem recolher uma infinidade de dados – para se ter uma ideia, de 2003 para cá foram gerados e armazenados mais dados do que em toda a história pregressa da humanidade -, elas também nos apresentam um desafio: como trabalhar esses dados? Como selecionar o que é importante? Precisamos saber exatamente o que queremos com essas informações que estamos recebendo. E mais: precisamos saber quais informações são relevantes para atingirmos nossos objetivos.

Ou seja: de que adianta termos as respostas, se não sabemos quais são as perguntas? De que adianta termos as informações, se não soubermos analisá-las ou se as usarmos de forma errada?

Digital x Analítico. Big Data x Small Data.

Em face disso, uma outra realidade se apresenta: se o mundo hoje é dos dados, é digital, nos próximos anos ele será analítico, como afirmou Ricardo Cappra, da Cappra Data Science, em um outro evento que tratou desse assunto recentemente – a Innovation Week. Para ele, o que hoje é classificado como big data tem que ser transformado em small data. “Para vermos as informações de forma qualificada, organizada e visual. É ai que entra a ciência para ajudar a traduzir informações”.

Big Data x People Data.

Indo um pouco mais longe: de que adianta o deslumbre com essa enormidade de dados, se eles não estiverem orientados para as pessoas? Marcelo Passos traduziu isso da seguinte forma no MPI 2019: “menos big data e mais people data”. Sem esse direcionamento, qualquer dado torna-se inútil.