Consumo consciente e alimentação saudável: oportunidades de negócio em crescimento

O consumidor pós-pandemia adotou novos hábitos de alimentação. Além do resgate do ato afetivo de cozinhar em família e consumir de forma consciente, nota-se uma preocupação maior com uma alimentação mais saudável, que valorize a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida.

Os consumidores começaram a exigir produtos mais nutritivos, limpos e sustentáveis; livres de colesterol, transgênicos e lactose; com maiores benefícios a saúde; opções que substituam as proteínas de origem animal. Há um crescimento da população que adota dietas vegana, vegetariana e flexitariana (que reduz o consumo de carne).

Órgãos governamentais, startups e grandes indústrias do setor de alimentação têm se mostrado atentos a essas novas escolhas do consumidor e às oportunidades que elas representam para as marcas. Investem cada vez mais em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Biotecnologia e Proteína Cultivada, além da produção de carne vegetal. A meta é produzir alimentos contendo 100% de proteína vegetal, mas com aroma, textura e paladar dos melhores frutos do mar, carnes, ovos e leite.

Dando um giro por supermercados e restaurantes já é possível encontrar rótulos e cardápios que demonstram sua preocupação com esse público diferenciado e exigente. As gôndolas exibem hambúrgueres e not milk plant-based de várias marcas. Nas mesas, são servidos pratos alternativos, saborosos e nutritivos com almôndegas de shimeji; hambúrgueres de grão-de-bico, de shitake e shimeji; e outros itens.

Pesquisa realizada recentemente pelo banco Credit Suisse prevê que a indústria de alimentos plant-based deva crescer 100 vezes até 2050. Estima-se que o valor do mercado mundial de carnes e laticínios alternativos alcance US$ 1,4 trilhões até lá.

O portal Markets and Markets estima que o mercado de carne plant-based possa atingir US$ 15,7 bilhões até 2027. Os relatórios mostram que os investimentos no setor chegarão à marca de US$ 360 milhões de dólares, apontando para um crescimento de 15,7% nos próximos dez anos. Estudiosos apostam que até 2040 esse mercado atingirá US$ 630 bilhões, com crescimento estimado de 35% (fonte: AT Kearney).

Agenda de eventos sintonizada com o crescimento do setor

O mercado de eventos também está de olho nessa tendência. Duas feiras neste 2° semestre de 2022 têm como foco a produção de alimentos sem sofrimento animal; o incentivo à produção sustentável; a união da tecnologia e da natureza para alimentar mais de 10 bilhões de pessoas em nível mundial sem esgotar o meio ambiente.

O evento Plant Based Tech trará palestras de profissionais renomados e contará com painéis técnicos, pockets de tecnologia e exposição de empresas. Seu objetivo é preparar organizações e profissionais para as mudanças na alimentação para um mundo sustentável, atendendo a demanda de vegetarianos, veganos, flexitarianos e consumidores que buscam uma vida saudável. Acontecerá nos dias 01 e 02 de setembro de 2022, das 11h às 19h, no Holiday Inn Parque Anhembi – Rua Professor Milton Rodriguez, 100 – Parque Anhembi, São Paulo, SP.

Em paralelo, na mesma data e local, será realizada a 2a. edição do New Meat Brazil, único evento no Brasil focado em carnes vegetais, cultivadas e proteínas alternativas, abrindo debate para suas vantagens, desvantagens e políticas comerciais e regulatórias.

“A criação de animais é responsável por cerca de 18% da geração de gases de efeito estufa no mundo. Para atender essa nova geração que nasce com o foco na sustentabilidade, as pesquisas de desenvolvimento de carnes vegetais ou cultivadas crescem a todo o vapor”, comenta Lúcia Cristina Abdala, diretora da TRIOXP, empresa organizadora dos dois eventos.

A programação técnica desses eventos tem inscrição obrigatória. Já os pockets de tecnologia e a exposição têm acesso gratuito, sendo que o cadastramento para visitantes já está disponível nos sites dos eventos.

Fonte: Assessoria de Imprensa New Meat Brazil 2022 e Plant Based Tech 2022 / Agosto de 2022.

Desempenho do setor de alimentos e bebidas deve crescer 10,6% este ano

O setor de alimentos e bebidas brasileiro deve movimentar, até o final de 2022, cerca de R$ 792,6 bilhões, o que representa um acréscimo de 10,6% em relação ao ano passado, quando respondeu por R$ 716,8 bilhões. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há quase 30 anos, com base em dados oficiais.

O estudo mostra que o setor não conseguirá ainda recuperar as perdas obtidas com a pandemia (em 2019, por exemplo, o potencial de consumo da categoria chegou a R$ 806,8 bilhões), mas o cenário é de otimismo.

Nos cálculos acima, são levadas em conta tanto despesas com alimentação e bebidas no domicílio (alimentos “in natura”, industrializados, preparados e agregados como sacolão, varejão, cestão, etc.; além de bebidas e infusões como sucos artificiais, cafés moídos e solúveis, chás, refrigerantes, cervejas, aguardentes, vinhos e outras bebidas alcoólicas), quanto fora dele (refeições, lanches, cafés da manhã, refrigerantes, cafezinhos, caldos, cervejas, chopes e outras bebidas alcoólicas).


Na contramão desse consumo em recuperação, destaca-se a queda na quantidade de serviços alimentícios no país. Segundo o IPC Maps, das 1.788.272 empresas existentes em 2021, mais de 186 mil fecharam suas portas, totalizando atualmente 1.602.215 unidades instaladas no Brasil.      

…………………………………………..

Sobre o IPC Maps

Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento. Este trabalho traz múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setores de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, Estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, o IPC Maps apresenta um detalhamento de setores específicos a partir de diferentes categorias.

Fonte: Assessoria de Imprensa IPC Maps / Julho de 2022.