MPI 2019 – Insights do Painel “O Uso do Big Data nas Vendas”.

A frase “dados são o novo petróleo” permeou várias palestras do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019 – , e mais ainda as que integraram o painel “O Uso do Big Data nas Vendas”. Todos os profissionais convidados fizeram questão de frisar a importância dos dados para o sucesso de uma empresa, tenha ela o porte que tiver.

Resumimos aqui alguns insights da fala de Marcelo Passos, que tem em seu currículo passagens pela vice-presidência de atendimento da DM9DDB, pela diretoria de marketing do Corinthians e pela diretoria das agências África e MPM. Nessa trajetória, esteve envolvido diretamente nas estratégias mercadológicas de clientes como Guaraná Antártica, Johnson & Johnson, Itaú, C&A, Burger King, Dell, Vivo, Intel, Leroy Merlin, entre outros.

Toda vez que efetuamos uma compra e incluímos nosso CPF na nota fiscal, ou usamos nosso cartão de crédito, são dados que estamos gerando. É uma realidade da qual não podemos escapar. Para quem tem uma empresa, seja ela pequena, média ou grande, esses dados são essenciais não só para ajudar nas vendas, mas para garantir eficiência em toda a cadeia do negócio. Dados ajudam a comprar bem, produzir bem, vender bem.

Se hoje as ferramentas existentes nos permitem recolher uma infinidade de dados – para se ter uma ideia, de 2003 para cá foram gerados e armazenados mais dados do que em toda a história pregressa da humanidade -, elas também nos apresentam um desafio: como trabalhar esses dados? Como selecionar o que é importante? Precisamos saber exatamente o que queremos com essas informações que estamos recebendo. E mais: precisamos saber quais informações são relevantes para atingirmos nossos objetivos.

Ou seja: de que adianta termos as respostas, se não sabemos quais são as perguntas? De que adianta termos as informações, se não soubermos analisá-las ou se as usarmos de forma errada?

Digital x Analítico. Big Data x Small Data.

Em face disso, uma outra realidade se apresenta: se o mundo hoje é dos dados, é digital, nos próximos anos ele será analítico, como afirmou Ricardo Cappra, da Cappra Data Science, em um outro evento que tratou desse assunto recentemente – a Innovation Week. Para ele, o que hoje é classificado como big data tem que ser transformado em small data. “Para vermos as informações de forma qualificada, organizada e visual. É ai que entra a ciência para ajudar a traduzir informações”.

Big Data x People Data.

Indo um pouco mais longe: de que adianta o deslumbre com essa enormidade de dados, se eles não estiverem orientados para as pessoas? Marcelo Passos traduziu isso da seguinte forma no MPI 2019: “menos big data e mais people data”. Sem esse direcionamento, qualquer dado torna-se inútil.