Empreendedorismo feminino: desbravar novos caminhos, mas sem esquecer quem veio antes

O Dia Internacional da Mulher é uma data que carrega significados diferentes para pessoas em todo o mundo. Para alguns, é uma ocasião para celebrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo da história e destacar a importância da igualdade de gênero. Para outros, é um momento para refletir sobre os desafios contínuos que as mulheres enfrentam em suas vidas diárias e nas lutas por direitos iguais. Para outros, ainda, é só um dia para comprar e presentear alguém com uma rosa e uma caixa de bombons protocolares.

Mas, o que realmente há para comemorar?

Hoje, fala-se muito no empreendedorismo feminino. Temos testemunhado um aumento significativo no número de mulheres empreendedoras, desafiando estereótipos e deixando uma marca indelével no cenário econômico global.

Segundo o Sebrae, somos mais de 10 milhões de mulheres empreendedoras no mercado – a maioria nas classes C, D e E – o que corresponderia a 34% de todos os empreendedores do país.

Mas, se pensarmos bem, esse não é um fenômeno tão recente. Empreender sempre foi uma alternativa para as mulheres, que precisavam conciliar uma renda extra com o cuidado dos filhos e da casa, o que não permitia um vínculo empregatício com jornada exclusiva. Minha avó paterna era costureira e ganhou seu sustento por boa parte da vida com essa atividade. Assim como minha tia. E minha mãe, no início do casamento. Quantas mães não faziam doces e bolos “pra fora”, davam aulas de reforço ou de piano, entre tantas outras atividade que desempenhavam a partir de suas próprias casas? Só que, nessa época, isso não era valorizado, nem recebia o nome de “empreendedorismo”.

Acho que um primeiro passo para comemorar esse dia é reconhecer o papel dessas empreendedoras do passado, invisíveis, não reconhecidas, nem “glamourizadas”. Elas não estavam na mídia, não eram influencers, nem dançavam no Tik Tok. Mas seu trabalho tinha grande impacto no núcleo familiar e na comunidade. E, muitas delas continuam por aí, sem holofotes, empreendendo como faziam bem antes do século XXI, por todo esse Brasil.

Avançamos muito, sim. Mas há muito a melhorar.

O empreendedorismo feminino se destaca não apenas pelo número de mulheres que iniciam seus próprios negócios, mas também pela sua qualidade e impacto. Mulheres empreendedoras sempre demonstraram uma habilidade excepcional em identificar oportunidades, inovar e criar negócios sustentáveis que não apenas geram lucro, mas também promovem o desenvolvimento econômico e social.

Além disso, as mulheres empreendedoras de hoje – assim como nossas mães, avós e bisavós no passado – continuam enfrentando desafios únicos, como ter que equilibrar as responsabilidades familiares e profissionais, ou ter acesso limitado a financiamento e recursos. Habituadas a fazerem muito com pouco, esses obstáculos não impediram que essas mulheres nse destacassem em diversos setores, desde tecnologia até agricultura, construindo empresas de sucesso e inspirando outras mulheres a seguirem seus passos.

Para promover ainda mais o empreendedorismo feminino, é essencial oferecer apoio e recursos adequados, incluindo acesso a financiamento, capacitação e redes de apoio. Investimentos em programas e políticas voltadas para o incentivo ao empreendedorismo feminino não apenas impulsionam a economia, mas também promovem a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em todas as esferas da sociedade.

Neste Dia Internacional da Mulher, reconheçamos e celebremos o papel vital das mulheres no empreendedorismo desde sempre, e renovemos nosso compromisso em criar um ambiente inclusivo e favorável para que todas as mulheres possam num futuro próximo realizar seu potencial empreendedor.

Feira do Empreendedor 2023 – o ponto de encontro de quem empreende

Esta semana estivemos na Feira do Empreendedor 2023. Promovida pelo Sebrae, a FE23 foi muito maior que a de 2022, ocupando quase todos os pavilhões do Expo São Paulo (Imigrantes). Percorrer todos os corredores exigiu um bom preparo físico dos visitantes!

Foram cerca de 1,1 mil expositores, entre franqueadores, empresas de máquinas e equipamentos, de serviços e de soluções digitais. A expectativa da organização era de receber nos quatro dias do evento (16 a 19/10) mais de 125 mil visitantes. Achamos que essa marca deve ter sido superada. Só de “missões” trazidas pelo Sebrae de várias partes do estado de SP estavam programados 174 ônibus!

Aproveitamos para reencontrar os amigos do Clube de Negócios Sebrae, do Sebrae-SP e da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, Distrital Oeste.

Muito bom ver empreendedorismo brasileiro ganhando o espaço e reconhecimento que lhe é devido. Parabéns aos organizadores da Feira do Empreendedor 2023 e ao batalhão de gestores, consultores e funcionários do SEBRAE que fizeram tudo acontecer!

Histórias de Empreendedores – Erika Angelo e seus jogos africanos

No último dia 25/11 estive no evento “A Força do Empreendedorismo Feminino”, promovido pelo SEBRAE (postei as fotos aqui). No final, circulando pela área onde alguns empreendedores expunham seus produtos, conheci a Erika Angelo, da Dayo Jogos Africanos.

Super simpática e dona de um bom papo, ela me contou que começou a empreender fazendo nécessaires e outros itens personalizados em material sintético. Porém, a partir do gosto de sua filha de 7 anos por jogos de tabuleiro, acabou descobrindo o universo dos jogos de origem africana e fez dele um novo negócio.

Ela disse que pesquisou muito o assunto e, com o apoio do SEBRAE-SP, formatou os produtos, optando por trabalhar por matérias-primas mais “naturais”.

O tabuleiro e as peças dos jogos são em madeira (MDF) – uma forma que Erika encontrou de evocar o baobá, elemento sagrado na cultura africana, árvore nacional de Madagascar e emblema nacional do Senegal. Ela é considerada por muitos povos a árvore da vida, representando suas raízes os ancestrais e as memórias da comunidade; e seu tronco as crianças e os jovens em crescimento.

Para a embalagem, fugiu da tradicional cartonagem utilizada em produtos dessa categoria. Desenvolveu sacos em algodão cru, tecido muito utilizado na indumentária tradicional africana e que também tem um significado especial para sua cultura.

A linha de produtos inclui jogos populares ou originários de Madagascar, Gana, Senegal, Angola, Moçambique, Egito e vários outros países do continente africano. Seega, Yote, Achi, Shisima, Fanorona são alguns dos nomes desses jogos, cada um com suas regras e número de jogadores. São excelentes para desenvolver a atenção e o raciocínio lógico, estratégico e espacial; promover a socialização e o respeito às regras e às pessoas; e resgatar a cultura africana, ainda pouco conhecida.

Erika se descreve em sua bio do Instagram como mulher preta, mãe solo e empreendedora. Seu sonho é levar a Dayo Jogos para as escolas, para tornar acessível às crianças – assim como tornou à sua filha – esse contato com a ancestralidade africana.

A história dessa empreendedora me encantou, por isso pedi para fotografá-la e compartilho aqui. Convido todos a conhecerem a Erika Angelo e sua Dayo Jogos Africanos. Curtam seu Instagram: https://www.instagram.com/dayojogosafricanos/. E, se tiverem oportunidade, indiquem o trabalho dela para lojas de brinquedos educativos, escolas e outras organizações que possam servir de canal para ela conseguir realizar seu sonho.

Abs.

Jennifer Monteiro

Registro: evento “A Força do Empreendedorismo Feminino”

O evento “A Força do Empreendedorismo Feminino”, aconteceu no dia 25/11/22 na Faculdade Sebrae, em São Paulo (SP). Voltado a empresárias, empreendedoras, líderes femininas e mulheres do agro, o evento fez referência ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado no dia 19 de novembro.

O objetivo do evento foi inspirar, sensibilizar e orientar mulheres de diversos setores da economia para que assumam o protagonismo das suas vidas e utilizem o empreendedorismo como ferramenta para geração de renda e liberdade econômica. A iniciativa foi do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), e da FAESP – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)

Fiquem com algumas fotos do evento “A Força do Empreendedorismo Feminino”.

As quatro habilidades principais de um líder

Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, explica quais pilares levam a ser um grande líder e destaca a experiência que teve em sua jornada

Ser um líder em uma empresa não está relacionado com hierarquia, mas sim com o ser seguido por outras pessoas. Isso é o que pensa Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, edtech criada por empreendedores para empreendedores, com o propósito de apoiar em todas as etapas da jornada de uma startup. “Esse é um conceito que muita gente ainda não entende da melhor forma e acaba confundindo liderança com chefia. Ser um líder não é sobre estar no comando, mas sim sobre tomar conta daqueles que estão sob nossa responsabilidade. Além disso, antes de tudo é de grande importância ter consciência, autoconhecimento e controle para dar o próximo passo”, diz. 

Com isso, Fernando aponta dois pilares chaves que se desdobram em diversas ações fundamentais: inspirar pessoas em uma determinada direção ou objetivo e cuidar delas com feedbacks transparentes e empáticos.

“Líderes não são apenas aqueles que estão em altos cargos, mas sim aqueles corajosos, dispostos a tomar riscos, que são exemplos para os demais”, complementa. E para exercer a liderança é perceptível que alguns traços e habilidades sejam relevantes para aqueles que desejam se fortalecer, são elas:

  • Coragem: líderes são desafiadores, estão acostumados a tomar decisões sob pressão e não têm medo de errar, porque entendem que faz parte do processo de inovação;
  • Tomar conta dos liderados: um bom líder apoia seu time em todos os momentos e está presente para cuidar, criando um ambiente seguro, com empatia e que seja amigável às falhas.
  • Ser altruísta: o líder coloca a necessidade e o bem de outras pessoas acima de si mesmo. Como o velho ditado diz: “Leaders eat last”, ou seja, líderes comem por último e não deixam ninguém para trás. 
  • Guiar o time: o bom líder não deixa seu time no escuro e dá uma visão clara do caminho, em contexto, expectativas, direção e objetivos. 

Liderar um time não é uma tarefa fácil e vai ficando cada vez mais complexo à medida que o time aumenta, pois, de forma natural, a quantidade de interações e trocas crescem rapidamente.

“Lidar com as expectativas e as frustrações de cada um, manter o time motivado e engajado, identificar rapidamente quem não está no mesmo barco e encontrar um bom work-life balance, são alguns dos principais desafios do dia a dia de um time”, diz Senna

O empreendedor sintetiza em quatro pontos os principais aprendizados que teve na sua jornada como líder: 

  1. A primeira coisa é ter mente que pessoas são pessoas e que cada um tem a sua individualidade, sonhos, traumas e experiências, que o faz único no modo de pensar e agir; 
  2. Segundo ponto é conectar-se com as pessoas de verdade, entender as dores e as aspirações delas, saber o que as move;
  3. O terceiro aspecto é para que seja vulnerável. Essa é uma via de mão dupla e a forma mais genuína de desenvolver uma relação verdadeira com outra pessoa; 
  4. Por fim, seja transparente, honesto e direto, mas sempre com empatia.

“Lembre-se que a forma como você faz qualquer coisa, é a maneira que você faz tudo. Integridade e ética são inegociáveis para a sua organização”, conclui.

Fonte: Assessoria de Imprensa Start Empreededor / Outubro 2022

Como estão os negócios de condomínios criados na pandemia

Empresas que atuam nos modelos de vending machine e honest market se reinventaram para garantir a escalabilidade, atuando em condomínios

Apesar das crises serem uma multiplicadora de desafios no dia a dia dos empresários brasileiros, pesquisas indicam que o empreendedorismo teve um aquecimento durante a pandemia do Covid-19. Segundo informações divulgadas pelo Mapa de Empresas, foram abertas uma média de 3,3 milhões de negócios em 2020, o que representa um aumento de 6% em relação a 2019. Por conta da necessidade de isolamento social nesse período, um dos segmentos impulsionados foi o de conveniência, mais especificamente em condomínios. 

“Transformações sociais, como as que ocorreram nos últimos dois anos, formam novas necessidades e, consequentemente, oportunidades. Portanto, é fundamental estar atento. Na época da pandemia, a recomendação era ficar em casa. No entanto, tanto a vida pessoal como a profissional precisavam continuar. Nesse ponto, os modelos de negócio que atuavam com vending machine e honest market viraram febre”, diz Gustavo Almeida, CEO da Take

Take é uma startup que nasceu em 2018 e é a primeira a utilizar inteligência artificial que identifica itens retirados de uma smart vending cooler, nome dado a uma geladeira que armazena bebidas alcoólicas ou não. Embora tenha surgido antes da pandemia, as operações começaram a acontecer efetivamente durante. “A partir de um aporte inicial de R$ 100 mil, que cobriram as despesas da prototipagem e do lançamento, disponibilizamos em maio de 2020 as cinco primeiras smart vending coolers, que disponibilizam cervejas geladas durante 24 horas, nos sete dias da semana e sem a necessidade de um vendedor para a intermediação da compra”, lembra o executivo. 

Com apenas sete meses e 50 máquinas em operação, a startup chegou a faturar R$ 50 mil e, no primeiro trimestre de 2021, alcançou 15 estados brasileiros e 500 pontos de vendas. Mas, no empreendedorismo, nem tudo são flores e as buscas pela escalabilidade são frequentes. Desta maneira, a marca decidiu expandir a atuação para além dos muros de condomínios e passou a estar também em ambientes como universidades, academias, hotéis, estacionamentos e co-workings. Atualmente, a empresa tem presença nacional com mais de 2.500 pontos de vendas.  

“A nossa tecnologia exclusiva de reconhecimento por imagem é aplicável a qualquer tipo de produto, o que nos permite chegar em diversos ambientes. Com a retomada das atividades, investimos nessas novas frentes, pois o processo é o mesmo, então ‘treinamos’ nossa tecnologia para que ela reconheça os produtos não alcoólicos. Por questões estratégicas, nosso foco está em Alimentos e Bebidas (AB) e, neste primeiro momento, focamos em parcerias com linhas de chás, refrigerantes, energéticos, além de águas, sucos e isotônicos”, explica Almeida.

Por sua vez, o market4u identificou uma oportunidade no honest market ao instalar minimercados autônomos, isto é, sem funcionários, dentro dos condomínios, com até 500 produtos em estoque, operado totalmente pelo celular e aberto 24 horas por dia, sete dias por semana, ininterruptamente. A rede inaugurou sua primeira unidade em fevereiro de 2020 em Curitiba e, atualmente, está presente em 20 estados com 240 franqueados e mais de 2.050 unidades. A expectativa agora é alcançar 1.000 franqueados e 10 mil lojas até 2023. 

Com tecnologia própria desenvolvida especificamente para mercados autônomos para que a gestão de todo o negócio seja eficaz, o market4u oferece algumas vantagens, como promoções segmentadas conforme o perfil de consumo, o que já sinaliza ao cliente quais produtos estão disponíveis no mercado sem que ele precise sair de casa.

Além de ser utilizado no momento da compra, o app integra o ‘É Daqui’, que funciona como uma rede social do condomínio para anunciar produtos e serviços entre os moradores, e o ‘Delivery4u’, um e-marketplace de entrega a domicílio que reúne estabelecimentos parceiros na cidade com insumos difíceis de se achar em uma gôndola, como perecíveis de açougue e hortifruti, além de farmácias, casa e decoração. A partir de 3 metros de parede, o mercado já pode ser instalado e receber uma variedade de produtos, de laticínios a pães, bolos, itens de limpeza e higiene pessoal, além de refrigerantes e cervejas, sendo que as bebidas alcoólicas ficam em geladeiras que são destravadas pelo app, apenas para maiores de 18 anos. 

Fonte: Assessoria de Imprensa Take e market4u / Outubro 2022

O que são empresas camelo e porque elas voltaram a ser valorizadas no mercado

Negócios que dispensam megainvestimentos e trilham a verdadeira “jornada do herói”, expandindo de forma constante e olhando para a perenidade do negócio

Na acirrada concorrência do mercado tech, despontando na frente estão algumas empresas “unicórnios”, que galopam velozmente para o crescimento rápido e ostensivo, mas que muitas vezes ficam sem fôlego e morrem de sede antes de chegar ao oásis, na dura jornada de travessia do vasto deserto do empreendedorismo.

Logo atrás, a um corpo de distância, vêm as empresas “camelo” em um passo mais lento, mas consistente e sustentável, com suas reservas de água e resiliência para vencer o calor intenso e as intempéries naturais da expansão mercadológica.

É isso mesmo, existem empresas que dispensam o dinheiro de investidores e optam pela jornada bootstrapping – isto é, seguir caminho com as próprias pernas, nem que isso represente mais esforços e desafios extras. São as empresas “camelo”. Em tempos de altíssima competitividade, essa opção pode parecer arriscada, mas se trata do modelo de negócios mais comum no mercado, porém que não ganha tanto espaço nas manchetes como as empresas que captam milhões em investimentos. 

A escolha proporciona benefícios que compensam o risco de ir contra o senso comum, que é ter um caminhão de dinheiro disponível para fazer a empresa crescer. A jornada bootstrapping, apesar de mais desafiadora financeiramente se comparada à preferência por busca de aceleradores no mercado, é mais sólida. Riscos de desenvolvimento de uma cultura tóxica ou excesso de pressão sobre o time se tornam menores. Resultado: um ambiente mais saudável para o ecossistema empreendedor, para empresários e para o mundo do trabalho.

A avaliação é de um executivo, Márcio Monson, fundador e CEO de uma empresa construída e consolidada na jornada bootstrapping: a Selecty, de Curitiba/PR. Além disso, o negócio de Monson – tecnologia para recrutamento, seleção e admissão on-line – lida com um segmento termômetro para medir êxitos e insucessos: o da empregabilidade. Empresário há mais de 25 anos, ele não tem dúvidas em apontar as vantagens da jornada bootstrapping.

Andando com as próprias pernas

“As empresas camelo se mantêm e crescem com seus próprios recursos. Geralmente, possuem equipes criativas e de alta performance, pois precisam fazer muito com pouco recurso. Alguns negócios até captam investimento somente no começo da operação, mas rapidamente atingem o break even (ponto de equilíbrio) e continuam crescendo de forma sustentável e preservando sua cultura e valores”, afirma o CEO da Selecty.

O gestor vê com preocupação o atual momento de demissões em massa em muitas empresas investidas (que recebem aportes de aceleradoras ou fundos), sobretudo no setor tech. Para ele, o episódio tende a fazer startups repensarem suas estratégias, voltando a olhar um pouco mais para a eficiência operacional.

“Alguns dos casos em que está havendo demissões se referem a contratações feitas com altos salários, além das possibilidades do mercado. Esse movimento de cortes é prejudicial ao ambiente econômico, à cadeia produtiva, e prejudica principalmente sonhos, ao demitir pessoas. Mas infelizmente é necessário, para gerar um ‘choque de realidade’ em alguns profissionais, que precisam entregar resultados proporcionais às suas remunerações. Então, é um momento para reflexões”, pontua Monson.

Com a tendência mundial do aumento da taxa de juros, houve interrupção no fluxo de investimentos, forçando as empresas a ajustarem sua estrutura a fim de se prepararem para manter sua operação com recursos próprios, reduzindo o burn rate (taxa de queima de caixa para manter a operação). Junto vem a pressão dos investidores por resultados e por eficiência operacional.

Desse mal as empresas camelo não padecem, acrescenta o empreendedor. “As empresas camelo aprenderam desde cedo a sobreviver dentro da sua realidade. Aliás, a alusão ao camelo é justamente sobre atravessar o deserto, sob ‘sol intenso’, com todas as adversidades, com poucos recursos, mas sabendo como utilizá-los de forma inteligente”.

Dessa forma, mesmo com oscilações externas, internamente essas empresas se mantêm viáveis. “Isso porque elas construíram um produto sólido, validado pela própria satisfação dos clientes. Pagam salários justos, possíveis de honrar, sem recorrer a demissões ao menor abalo. Ou seja, conquistam condições de se manterem perenes no mercado”, argumenta Monson.

Frente a esse cenário, a jornada bootstrapping pode ser um diferencial. “O que é, em outras palavras, uma ‘jornada do herói’, na qual você coloca um negócio em pé baseado principalmente na sua qualidade de execução, time qualificado e entrega real de valor ao seu cliente, que no final do dia é o grande ‘financiador’ do seu crescimento!”.

Fonte: Assessoria de Imprensa Selecty / Outubro de 2022

Vem aí a 1ª Semana do Empreendedorismo de Moda

Promovido pelo Mega Polo Moda, maior centro atacadista de moda brasileiro, evento prevê diversas atividades – presenciais, imersivas e digitais -, com o objetivo de disseminar informações e técnicas para o incremento do varejo e empreendedorismo do setor.

O Shopping Mega Polo Moda será palco, entre os dias 22 e 26 de outubro de 2022, da 1ª Semana do Empreendedorismo de Moda, evento que inclui atividades e conteúdo informativo qualificado para lojistas e empreendedores de todos os tamanhos, visando fortalecer o ecossistema e abrir novas oportunidades de negócios e relacionamento para esses públicos. 

“Queremos oferecer aos nossos clientes orientações que possam impactar e incrementar seus negócios de moda, trazendo as mais recentes tendências e tecnologias para os varejistas do setor”, analisa Carla Sabato, diretora de marketing do Mega Polo Moda. “Acreditamos que a conexão com esse público, assim como o compartilhamento de informação, aprendizado e inspiração, faz parte do nosso compromisso de, cada vez mais, contribuir para o sucesso dos nossos compradores”, completa a executiva.

Baseada em pesquisas internas, que detectaram as principais demandas e necessidades dos lojistas e empreendedores de moda em relação à adequação do negócio às novas estratégias comerciais, o evento irá contar com diversas atividades onde se destacam o “Empreendedor Experience”, um final de semana presencial e imersivo realizado em um  ambiente real de negócios que objetiva a potencialização de resultados, uma loja modelo com as mais recentes soluções e tecnologias para o ponto de venda, oficinas de criação de conteúdo para reels e a programação “O Meu Negócio em Foco”, composta por videoaulas práticas com abordagens exclusivas sobre gestão com especialistas nos segmentos de moda, varejo e plataformas digitais.

Confira a programação

Empreendedor Experience – 22 e 23/10/2022 – Final de Semana Imersivo – Mega Polo Moda 

Um final de semana presencial e imersivo, coordenado por Alzira Vasconcelos, uma das principais consultoras, palestrantes e mentora de negócios de moda do Brasil, que irá apresentar atividades teóricas e práticas sobre o varejo do setor e a aplicação desses conceitos dentro de um ambiente que possibilita o intercâmbio e troca de informações com outros lojistas e empreendedores. Na programação também constam diversas ações sociais e de relacionamento para estimular a integração e troca de experiências entre os participantes.

Loja Modelo – 24 a 26/10 – das 8 h às 17 h – Mega Polo Moda – Loja 152 – 1º piso

Apresentação e detalhamento de uma loja real, composta com as últimas tendências em informação, práticas e elementos estéticos e tecnológicos que podem ser aplicadas aos negócios de moda de qualquer tamanho ou estágio e que visam orientar os empreendedores sobre a importância da adequação de seus pontos de venda. Dentre os temas a serem abordados, tecnologias e sistemas para o varejo, conceitos de VM, dicas para a exposição ideal de produtos e composição de araras e orientações sobre iluminação correta para valorizar os produtos, entre outros.

A ambientação, produzida em parceria com Varejo Online, Showkaze, Trust Inventory e Smart Air, também irá contar com um espaço exclusivo para a apresentação de lives commerce, canal de vendas digital que se revela como a grande aposta dos profissionais de varejo de moda para incrementar seus negócios. Além disso, os visitantes da Loja Modelo concorrem a vales-compra diários no valor de R$ 2.000,00.

Oficinas de criação de conteúdo (reels) – 22 a 26/10 – das 10 h às 15 h – Mega Polo Moda – Fashion Lab – Loja 162 – 1º Piso  

Com o objetivo de colaborar na potencialização das plataformas digitais dos lojistas e empreendedores de moda, as oficinas irão trazer orientações e exemplos para gravação e edição de reels. Com foco em práticas que possam impulsionar as vendas via Instagram, a atividade será conduzida pelo especialista em varejo e conteúdo de moda Bruno Fernando, da @empresariosadamoda, que soma quase 290 mil seguidores. 

O Meu Negócio em Foco – videoaulas práticas diárias via Youtube Mega Polo: https://www.youtube.com/user/shoppingmegapolomoda

Com temas como Gestão Financeira, Plano de Negócios, Performance no Instagram, Gestão Assertiva de Compras e Montagem de Loja Online, a atividade “Meu Negócio em Foco” irá oferecer, gratuitamente, videoaulas diárias com orientações gerenciais específicas para lojistas e empreendedores de moda.

Benefícios e dicas de influencers

Durante todo o período de sua realização, a 1ª Semana do Empreendedorismo de Moda irá contar com a cobertura  e dicas de importantes influenciadores de compras – @brasaqui, @empreendedoresdamoda e @ruamamelooficial -, incluindo o sorteio de 2 vales compras, no valor de R$ 1.000,00, para os seguidores das respectivas plataformas.

Com exceção da programação “Empreendedor Experience”, presencial e composta por várias experiências imersivas e de networking – com inscrições no valor de R$ 2.199,99 (1º lote) -, as atividades da 1ª Semana do Empreendedorismo de Moda são gratuitas e abertas para todos os lojistas e empreendedores do setor. Mais informações e inscrições podem ser obtidas através do link: https://empreendedorismo.megapolomoda.com.br/.

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Serviço:
1ª Semana do Empreendedorismo de Moda – Mega Polo Moda
22 a 26 de Outubro de 2022 
Rua Barão de Ladário, 566/670 – Brás – São Paulo/SP
Inscrições: https://empreendedorismo.megapolomoda.com.br/
Informações: +5511 3311-2800

Fonte: Assessoria de Imprensa 1ª Semana do Empreendedorismo de Moda / Outubro de 2022

hospedagem do tipo resort na praia

Reestruturação dos destinos turísticos será determinante para conquista de novos clientes

Docente do curso Técnico em Guia de Turismo do Senac avalia mudanças na gestão de negócios e as prioridades que devem estar no centro das atenções dos empresários

De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), com a retomada gradual das atividades turísticas, a estimativa para os próximos 10 anos (2022-2032) é de que o setor represente 11,3% da economia global, movimentando cerca de US$ 14,6 trilhões.

No cenário nacional, a expectativa também é otimista, já que entre maio de 2021 e 2022 foram criados 290 mil postos de trabalho, com destaque para bares, restaurantes e serviços de hospedagem. A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acrescenta que, no intervalo analisado, o saldo mensal de admissões e desligamentos se mantiveram positivos.

A docente do curso Técnico em Guia de Turismo do Senac EAD, Tamara Dias Corrêa, confirma a informação e reforça que o processo de retomada foi estimulado no ano passado a partir da implantação do Plano de Retomada do Turismo, lançado pelo Ministério do Turismo.

“Acredito que as ações propostas pelo ‘Selo de Turismo Responsável’ permitiram a reabertura de atrativos, parques ecológicos e rede hoteleira que se comprometeram a trabalhar dentro dos protocolos exigidos e a capacidade de ocupação controlada”, explica.


A especialista acrescenta que as ações estratégicas do trade, adotadas no período inicial da retomada, também foram determinantes para o crescimento, entre elas: incentivo ao turismo doméstico, ecoturismo, valorização das riquezas naturais locais e atividades ao ar livre. Outros pontos fundamentais foram a reestruturação dos calendários de eventos e o aumento nas ofertas de linhas de crédito a pequenas e médias empresas.

Planejando um novo modelo de negócio

Na avaliação da especialista do Senac EAD as empresas que investem na capacitação de colaboradores certamente terão maiores retornos, em termos de recomendações e fidelização de clientes. “Uma equipe qualificada é mais produtiva e eficiente, se sente valorizada e motivada a se aprimorar profissionalmente”, pontua.

Vale ressaltar que trabalhadores capacitados são um investimento para a empresa, pois dominam o uso de técnicas, recursos e gestão de tempo. Sendo assim, os fatores elencados influenciam diretamente na qualidade dos serviços prestados e no clima organizacional, diminuindo a rotatividade e o absenteísmo.

Do mesmo modo, a reestruturação dos serviços em destinos turísticos já é observada de maneira positiva visto que a transformação digital das atividades foi intensificada, em razão das exigências de distanciamento social.

“Os empresários mais resistentes tiveram que se adequar aos avanços tecnológicos, de forma a garantirem o funcionamento do negócio. Um exemplo prático é o uso de ferramentas de check-in on-line na rede hoteleira, na qual a chave física foi substituída pela versão digital”, pontua.

Outras ações significativas foram o uso de aplicativos por parques nacionais, a fim de evitarem aglomerações in loco e os serviços de Alimentos e Bebidas (A&B), que resolveram investir em espaços ao ar livre, disponibilizando cardápios e pedidos por QR Code. “As empresas que apostarem na digitalização dos processos, podem ter uma boa redução de custos a longo prazo e ainda, melhorarem a experiência do cliente”, acrescenta Tamara.

Quais as alternativas para pequenos negócios?

As mudanças nos modelos de negócio em turismo atingem todo o trade e as pequenas e médias empresas devem começar pela gestão das atividades, pontua a docente. Por esse motivo, é importante identificar quais as principais barreiras que impedem o crescimento do negócio e ter clareza sobre os objetivos.

“Estabelecer uma rede confiável de fornecedores qualificados, negociar valores, firmar parcerias é necessário. Atitudes como essas, podem garantir um melhor custo-benefício dos produtos turísticos e, consequentemente, um melhor posicionamento no mercado”, avalia.

Por fim, Tamara compartilha cinco dicas para auxiliar gestores de pequenos negócios turísticos que desejam aproveitar oportunidades para conquistarem novos clientes, confira:

Segmentar – Identificar uma área de atuação permite melhorar o posicionamento de mercado do empreendimento, especializar-se naquele segmento e atender com excelência as necessidades específicas daquele público;

Diferencial – O mercado é muito competitivo, por isso aposte na proposta de valor. Por que o seu cliente escolherá você? Comece analisando seu negócio, uma boa ferramenta é a análise SWOT. Por meio dela, é possível identificar as forças e fraquezas, oportunidades e ameaças do empreendimento;

Presença digital – Houve grandes modificações no comportamento do cliente, e o aumento da segurança no digital é uma delas. Uma empresa que não está presente no universo virtual, é como se não existisse. Use as redes para reforçar a identidade do seu negócio, crie uma relação com seus clientes (interaja!) e demonstre seu valor;

Entregue o melhor– a entrega eficiente é um fator fundamental na fidelização dos clientes. Desse modo, foque em atender e superar as expectativas dos consumidores com relação ao produto ou serviço contratado;

Fidelize – Cliente satisfeito volta e traz novos consumidores. Por isso, além de priorizar o bom atendimento, recompense quem já frequenta seu negócio. Trabalhe com descontos exclusivos, benefícios ao adquirir um novo produto e bônus por indicações.

Outra estratégia interessante é estabelecer um vínculo mais próximo. Faça com que o cliente se identifique com a empresa e sinta-se parte. Utilize campanhas, promoções e eventos somente para “membros”.

Fonte: Assessoria de Imprensa SENAC EAD / Julho de 2022.

Intimi Expo 2022 mostra a potência do mercado de produtos sensuais.

Estivemos neste final de semana na Intimi Expo, a maior feira de negócios do mercado íntimo e sensual da América Latina, que aconteceu de 25 a 27 de março no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, SP.

Única no mundo com enfoque nesse mercado, a Intimi Expo reúne as mais relevantes marcas e produtos nacionais e mundiais do mercado, e serve como cenário para lançamentos cheios de inovação, tecnologia, design e preocupação com qualidade, bem-estar e saúde.

Idealizada, organizada e realizada pela jornalista e empresária Susi Guedes, a feira chega à sua 8a. edição investindo na capacitação e estímulo do empreendedorismo no segmento.

Da primeira edição até a atual, houve um crescimento de 327% no número de visitantes e quatro vezes mais expositores e marcas. Além do crescimento numérico, durante a realização da feira foi perceptível a evolução desse mercado maneira geral, com stands bem construídos e cheios de atrações e palestras, produtos com embalagens e campanhas mais elegantes, variedade de itens, comunicação mais efetiva com os clientes e redes sociais mais atuantes.

O setor foi um dos poucos experimentaram crescimento durante a pandemia. O mercado de produtos eróticos acabou faturando com o isolamento social – afinal, de um lado os solteiros viram suas possibilidades de encontrar novos parceiros praticamente zeradas; de outro, os comprometidos ou casados precisavam dar mais “cor” às suas relações submetidas ao desgaste da intensa convivência durante o período.

Para se ter uma ideia, em 2020, o setor movimentou em todo o mundo US$ 78 bilhões, de acordo com dados da Allied Market Research*. Há projeções de que até 2027, a área tenha um crescimento anual de 5%. A ABEME estima que no Brasil, o valor estimado de vendas tenha sido de R$ 2 bilhões em 2020.

A internet foi o canal escolhido pelos consumidores para efetuar um terço das compras de produtos sexuais em 2020. Um aumento de oito pontos percentuais em relação ao ano anterior. Metade das compras mundiais foram realizadas por norte-americanos. Nos EUA, 43% dos casais utilizaram brinquedos eróticos durante o confinamento.

O perfil do consumidor é predominantemente de homens heterossexuais (45%), seguido de mulheres heterossexuais (40%) e pessoas LGBTQIA+ (15%).

Uma pesquisa realizada no Brasil e divulgada pelo Portal Mercado Erótico** apontou que o número de empreendedores que atuam no setor triplicou em 2020, em relação ao ano anterior. Isso ocorreu em virtude da redução do emprego e a impossibilidade do exercício de atividades informais durante o período de isolamento social.

Calcula-se que existam no mercado brasileiro 100 fornecedores, entre indústrias nacionais, importadores e distribuidores, além de 9 mil pontos de vendas e 50 mil vendedores porta a porta. A maior parte dos empreendedores do setor ( 76,13%) são mulheres e quase metade (47%) trabalha por conta própria, sem funcionários.

Uma parceria com o SEBRAE – que se estende desde a primeira edição da Íntimi Expo – consolida a vocação da feira para o estímulo ao empreendedorismo – uma unidade móvel da entidade esteve de prontidão durante todo o evento dando atendimento e consultoria, e incentivando a capacitação e a formalização dos empreendedores do setor. Além disso, nos três dias do evento, o SEBRAE ocupou o palco com palestras sobre comportamento empreendedor, formação de preços, estratégias de vendas e muito mais.

Uma dica imperdível: como parte desse trabalho de qualificação do setor, o SEBRAE realizará de 04 a 08 de abril de 2022, das 19 às 21 h, o curso online e gratuito “Sex Shop – Um Negócio Lucrativo”. As inscrições podem ser feitas pelo Sympla, neste link: https://www.sympla.com.br/sex-shop-um-negocio-lucrativo__1509541.

O cenários e os números são favoráveis, as oportunidades de qualificação estão aí – então, se você é fabricante ou lojista do setor de produtos sensuais, aproveite essa oportunidade para aparecer e crescer. E, se precisar de uma mãozinha para estruturar a área de propaganda e marketing digital da sua empresa, entre em contato com a gente: 11 99112-6386.


(*) Sexual Wellness Market Expected to Reach $108,320.0 Million by 2027: https://www.alliedmarketresearch.com/sexual-wellness-market-A06393.
(**) A pesquisa foi realizada em fev/21 e ouviu 135 empresários, de diversos tipos de negócios no mercado erótico.

Outras fontes sobre o tema:
Portal PEGN: Mercado erótico triplica em número de empreendedores na pandemia https://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2021/03/mercado-erotico-triplica-em-numero-de-empreendedores-na-pandemia.html.
– Portal Universa UOL: Mercado erótico cresce 12% e é opção para quem quer empreender https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/10/03/mercado-erotico-cresce-12-e-e-opcao-para-quem-quer-empreender.htm.
Portal Yahoo Notícias: Mercado de produtos eróticos movimenta R$ 2 bilhões no Brasil https://br.noticias.yahoo.com/mercado-de-produtos-eroticos-cresce-na-pandemia-150145176.html.