Empreendedorismo feminino: desbravar novos caminhos, mas sem esquecer quem veio antes

O Dia Internacional da Mulher é uma data que carrega significados diferentes para pessoas em todo o mundo. Para alguns, é uma ocasião para celebrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo da história e destacar a importância da igualdade de gênero. Para outros, é um momento para refletir sobre os desafios contínuos que as mulheres enfrentam em suas vidas diárias e nas lutas por direitos iguais. Para outros, ainda, é só um dia para comprar e presentear alguém com uma rosa e uma caixa de bombons protocolares.

Mas, o que realmente há para comemorar?

Hoje, fala-se muito no empreendedorismo feminino. Temos testemunhado um aumento significativo no número de mulheres empreendedoras, desafiando estereótipos e deixando uma marca indelével no cenário econômico global.

Segundo o Sebrae, somos mais de 10 milhões de mulheres empreendedoras no mercado – a maioria nas classes C, D e E – o que corresponderia a 34% de todos os empreendedores do país.

Mas, se pensarmos bem, esse não é um fenômeno tão recente. Empreender sempre foi uma alternativa para as mulheres, que precisavam conciliar uma renda extra com o cuidado dos filhos e da casa, o que não permitia um vínculo empregatício com jornada exclusiva. Minha avó paterna era costureira e ganhou seu sustento por boa parte da vida com essa atividade. Assim como minha tia. E minha mãe, no início do casamento. Quantas mães não faziam doces e bolos “pra fora”, davam aulas de reforço ou de piano, entre tantas outras atividade que desempenhavam a partir de suas próprias casas? Só que, nessa época, isso não era valorizado, nem recebia o nome de “empreendedorismo”.

Acho que um primeiro passo para comemorar esse dia é reconhecer o papel dessas empreendedoras do passado, invisíveis, não reconhecidas, nem “glamourizadas”. Elas não estavam na mídia, não eram influencers, nem dançavam no Tik Tok. Mas seu trabalho tinha grande impacto no núcleo familiar e na comunidade. E, muitas delas continuam por aí, sem holofotes, empreendendo como faziam bem antes do século XXI, por todo esse Brasil.

Avançamos muito, sim. Mas há muito a melhorar.

O empreendedorismo feminino se destaca não apenas pelo número de mulheres que iniciam seus próprios negócios, mas também pela sua qualidade e impacto. Mulheres empreendedoras sempre demonstraram uma habilidade excepcional em identificar oportunidades, inovar e criar negócios sustentáveis que não apenas geram lucro, mas também promovem o desenvolvimento econômico e social.

Além disso, as mulheres empreendedoras de hoje – assim como nossas mães, avós e bisavós no passado – continuam enfrentando desafios únicos, como ter que equilibrar as responsabilidades familiares e profissionais, ou ter acesso limitado a financiamento e recursos. Habituadas a fazerem muito com pouco, esses obstáculos não impediram que essas mulheres nse destacassem em diversos setores, desde tecnologia até agricultura, construindo empresas de sucesso e inspirando outras mulheres a seguirem seus passos.

Para promover ainda mais o empreendedorismo feminino, é essencial oferecer apoio e recursos adequados, incluindo acesso a financiamento, capacitação e redes de apoio. Investimentos em programas e políticas voltadas para o incentivo ao empreendedorismo feminino não apenas impulsionam a economia, mas também promovem a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em todas as esferas da sociedade.

Neste Dia Internacional da Mulher, reconheçamos e celebremos o papel vital das mulheres no empreendedorismo desde sempre, e renovemos nosso compromisso em criar um ambiente inclusivo e favorável para que todas as mulheres possam num futuro próximo realizar seu potencial empreendedor.

Feira do Empreendedor 2023 – o ponto de encontro de quem empreende

Esta semana estivemos na Feira do Empreendedor 2023. Promovida pelo Sebrae, a FE23 foi muito maior que a de 2022, ocupando quase todos os pavilhões do Expo São Paulo (Imigrantes). Percorrer todos os corredores exigiu um bom preparo físico dos visitantes!

Foram cerca de 1,1 mil expositores, entre franqueadores, empresas de máquinas e equipamentos, de serviços e de soluções digitais. A expectativa da organização era de receber nos quatro dias do evento (16 a 19/10) mais de 125 mil visitantes. Achamos que essa marca deve ter sido superada. Só de “missões” trazidas pelo Sebrae de várias partes do estado de SP estavam programados 174 ônibus!

Aproveitamos para reencontrar os amigos do Clube de Negócios Sebrae, do Sebrae-SP e da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, Distrital Oeste.

Muito bom ver empreendedorismo brasileiro ganhando o espaço e reconhecimento que lhe é devido. Parabéns aos organizadores da Feira do Empreendedor 2023 e ao batalhão de gestores, consultores e funcionários do SEBRAE que fizeram tudo acontecer!

MPI 2019 – Insights do Painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro” – a palavra do Google

O aumento exponencial de dispositivos conectados – computadores, celulares, tablets etc. – trouxe grandes mudanças na jornada do consumidor. E é sobre essas mudanças que Rodrigo Rodrigues, Diretor de Soluções a Clientes para o Google Brasil, falou em sua apresentação no painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro”, no Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019.

A expectativa é que em 2020 cheguemos a 20 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo – com crescente aumento da fatia representada pelos dispositivos móveis. O Brasil não é exceção. Hoje estima-se em 235 milhões o número de smartphones no país, e o grande crescimento de usuários de internet vem justamente de pessoas que nunca a acessaram por computadores. A previsão é que em 2020, 70% das pesquisas na internet sejam feitas através do celular.

Esse aumento todo de conectividade – e principalmente a conectividade móvel – faz com que seja cada vez maior o volume de pessoas se relacionando com empresas via internet – através dos mecanismos de pesquisa, sites, redes sociais etc. Com o celular à mão, essa interação pode acontecer a qualquer hora e lugar, e por motivações diferentes. A jornada do consumidor deixou de ser linear e se tornou fragmentada.

Isso muda a forma com que as empresas precisam falar com seu público. A conversa tem que ser customizada. Não basta mais pensar nas segmentações tradicionais. Uma importantíssima variável deve ser considerada – o momento do consumidor no momento da interação .

Para cada momento, um conteúdo específico

Os pontos de contato do indivíduo com a empresa podem acontecer em diversas situações:
– numa pesquisa quando o cliente busca mais informações sobre um produto do qual ouviu falar ou viu num comercial;
– quando ele está mais próximo do momento de compra e busca características do produto e/ou serviço e as compara com as de outros no mesmo segmento;
– a hora da busca por preços;
– o momento da ida à loja;
– o pós compra, quando ele procura saber melhor como usar aquele produto;
e muitos mais.
Ou seja, há muitos momentos de conversa com o consumidor, e cada um tem que ter um conteúdo específico. Pensado pra isso.

74% das pessoas confiam mais em um negócio quando ele aparece nos resultados de busca, quando ele tem alguma presença online. A experiência ruim no meio digital – querer saber mais sobre um produto ou serviço e não encontrá-los na internet; tentar acessar um site e ele não carregar; não encontrar exatamente a informação buscada; não receber retorno de uma interação etc. – tem o mesmo efeito que ir a um estabelecimento e bater com a cara na porta ou se deparar com um atendimento ruim no ambiente físico.

Eficiência para crescer

Com o consumidor cada vez mais exigente e a crescente oferta de alternativas online, há uma pressão cada vez maior por eficiência por parte das empresas – e ela vem com a automatização da comunicação combinada com sua customização. Aproveitar melhor cada momento, cada ponto de contato, e interagir com o consumidor com a mensagem certa para a situação é imprescindível para as empresas que querem continuar a crescer nesse cenário. As ferramentas digitais estão aí pra isso, mas elas não são tudo. Pensar bem as táticas e estratégias continua sendo fundamental.

MPI 2019 – Insights do Painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro” – a palavra do Facebook

Seguimos com mais este post resgatando o valioso aprendizado compartilhado pelos palestrantes e painelistas do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019. Desta vez, destacamos a apresentação de Leo Bonoli, Head de Marketing de Pequenas e Médias Empresas do Facebook.

Um dos pontos importantes levantados por Bonoli no painel “Otimize seus Negócios com as Tecnologias de Futuro” com base numa pesquisa* realizada em parceria pelo Facebook, Instituto Locomotiva e Ibmec foi que as pequenas e médias empresas que estão inseridas na economia digital têm um faturamento em média 20% maior do que aquelas que não estão. Seu tempo de sobrevivência também é maior. Ou seja, só essas duas informações são razões mais do que suficientes para sua empresa encarar a entrada no ambiente digital o mais rápido possível, caso ainda não o tenha feito.

Segundo o painelista, nunca houve momento melhor para transformar boas ideias em grandes oportunidades, e o marketing também está inserido nisso. Hoje ele está totalmente transformado, fornece métricas cada vez mais precisas e KPIs muito mais eficientes que permitem que a empresa aloque seu investimento exatamente onde seu cliente está, e não onde ela imaginava que estivesse. Isso é possível por conta dos novos recursos de datacenters gigantescos, Inteligência Artificial e algoritmos sofisticados – enfim, por conta desse crescente processo de digitalização pelo qual passamos.

Marketing e propaganda: a grande demanda das PMEs

Em face de todo esse processo, onde as pequenas e médias empresas precisam de mais apoio hoje? Não é nos serviços e produtos que oferecem, naquilo que elas já sabem fazer bem. Segundo as próprias empresas afirmam em várias pesquisas, é em orientação, em créditos e serviços financeiros, mas – PRINCIPALMENTE – em marketing e propaganda.

É aí que entra o Apareça e Cresça

Sobre esse quesito – propaganda e marketing – nós, do Projeto Apareça e Cresça, temos muito a falar e contribuir. Em nosso contato com pequenas e médias empresas se aventurando pela seara do marketing digital, temos nos deparado com muitos erros. O principal deles é achar que a automatização resolve tudo, e tratar o público como uma massa uniforme. Com certeza, isso é mais fácil e rápido. Mas pouco efetivo.

Usar o ambiente digital – Facebook, redes sociais em geral e outras ferramentas – não é tão simples como muitos querem crer. É necessário uma sólida estratégia. Pressupõe estabelecer uma comunicação personalizada, uma conexão empresa-consumidor, uma conversa. Demanda “ouvidos” para as necessidades e dores do cliente. Exige tempo, cuidado, atenção.

Também é necessário entender que todas essas ferramentas precisam ser utilizadas numa sintonia perfeita. Redes sociais azeitadas não combinam com um site capenga; estratégias de comunicação não são nada sem métricas precisas; e por aí vai.

Conclusão: a estratégia é estabelecer um relacionamento verdadeiro, integral e multichannel com seu público-alvo. A empresa que não tiver isso em mente jamais usufruirá de todos os benefícios que o ambiente digital tem a oferecer.


(*) Faça o download do arquivo .pdf com o resumo dessa pesquisa neste link.

MPI 2019 – Insights do Painel “O Uso do Big Data nas Vendas”.

A frase “dados são o novo petróleo” permeou várias palestras do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019 – , e mais ainda as que integraram o painel “O Uso do Big Data nas Vendas”. Todos os profissionais convidados fizeram questão de frisar a importância dos dados para o sucesso de uma empresa, tenha ela o porte que tiver.

Resumimos aqui alguns insights da fala de Marcelo Passos, que tem em seu currículo passagens pela vice-presidência de atendimento da DM9DDB, pela diretoria de marketing do Corinthians e pela diretoria das agências África e MPM. Nessa trajetória, esteve envolvido diretamente nas estratégias mercadológicas de clientes como Guaraná Antártica, Johnson & Johnson, Itaú, C&A, Burger King, Dell, Vivo, Intel, Leroy Merlin, entre outros.

Toda vez que efetuamos uma compra e incluímos nosso CPF na nota fiscal, ou usamos nosso cartão de crédito, são dados que estamos gerando. É uma realidade da qual não podemos escapar. Para quem tem uma empresa, seja ela pequena, média ou grande, esses dados são essenciais não só para ajudar nas vendas, mas para garantir eficiência em toda a cadeia do negócio. Dados ajudam a comprar bem, produzir bem, vender bem.

Se hoje as ferramentas existentes nos permitem recolher uma infinidade de dados – para se ter uma ideia, de 2003 para cá foram gerados e armazenados mais dados do que em toda a história pregressa da humanidade -, elas também nos apresentam um desafio: como trabalhar esses dados? Como selecionar o que é importante? Precisamos saber exatamente o que queremos com essas informações que estamos recebendo. E mais: precisamos saber quais informações são relevantes para atingirmos nossos objetivos.

Ou seja: de que adianta termos as respostas, se não sabemos quais são as perguntas? De que adianta termos as informações, se não soubermos analisá-las ou se as usarmos de forma errada?

Digital x Analítico. Big Data x Small Data.

Em face disso, uma outra realidade se apresenta: se o mundo hoje é dos dados, é digital, nos próximos anos ele será analítico, como afirmou Ricardo Cappra, da Cappra Data Science, em um outro evento que tratou desse assunto recentemente – a Innovation Week. Para ele, o que hoje é classificado como big data tem que ser transformado em small data. “Para vermos as informações de forma qualificada, organizada e visual. É ai que entra a ciência para ajudar a traduzir informações”.

Big Data x People Data.

Indo um pouco mais longe: de que adianta o deslumbre com essa enormidade de dados, se eles não estiverem orientados para as pessoas? Marcelo Passos traduziu isso da seguinte forma no MPI 2019: “menos big data e mais people data”. Sem esse direcionamento, qualquer dado torna-se inútil.

Divã do Empresário - Um Iniciativa do Projeto Apareça e Cresça

No divã com quem escolheu o caminho do empreendedorismo.

Divã do Empresário - uma inicativa do Projeto Apareça e Cresça.

Empreender é, quase sempre, um ato solitário. Não importa se você tem sócios, ou se conta com o apoio de amigos e familiares na sua jornada. Há dúvidas, medos, decisões que você não compartilha com ninguém, nem mesmo com os mais próximos. Isso porque, apesar da proximidade, muitas vezes é difícil para essas pessoas – principalmente as que não escolheram o caminho do empreendedorismo – entenderem as dores e as delícias que essa caminhada envolve.

Pensando nisso, nós do Apareça e Cresça, criamos o Divã do Empresário. Não é treinamento, não é consultoria, não é coach. É aquele momento em que você fala para os headers do projeto o que não pode, não deve ou não tem jeito de contar para mais ninguém.

O objetivo é preparar você para lidar com o mundo corporativo de maneira tranquila e segura, enxergar e superar fragilidades, acima de tudo estimular a resolução de questões que impedem o seu desenvolvimento.

Numa sessão de 2 horas, monitorada por gestores com formação/atuação multidisciplinares, você é estimulado a raciocinar estrategicamente seus negócios, bem como resolver questões afeitas ao seu dia a dia.

Marque um horário. Envie o Formulário de Interesse ou ligue para (11) 3872-0173 ou 3872-4818.

Também no Facebook e no Whatsapp

Você também pode participar dos nossos grupos Divã do Empresário – Facebook e Divã do Empresário – Whatsapp. Gratuitos e abertos, eles se propõem a ser fóruns para que você possa pedir conselhos e trocar informações, receios, sonhos e angústias com pessoas que sabem exatamente sobre o que você está falando porque, em algum momento da vida, passaram ou vão passar pelo que você está vivenciando agora. De empreendedores, para empreendedores.


A escolha é sua: um atendimento individualizado em nossas sessões presenciais; ou uma experiência colaborativa através dos nossos grupos. Ou as duas coisas, em paralelo. O importante é você saber que não está só nessa louca aventura de empreender!

Empreender sem se arrepender.

Revendo os textos do blog da Presença Propaganda, encontrei este que publiquei em 23.06.15 – ou seja, há exatamente quatro anos, completados no dia de hoje. E me surpreendi como, na minha opinião, ele permanece atual. Resolvi então republicá-lo aqui no blog do Apareça e Cresça, pois acredito que ele tenha tudo a ver com esse nosso projeto. Espero que gostem!


Outro dia ouvi uma frase que dizia: “mais importante do que saber se um empreendimento é viável, é saber se o empreendedor que vai conduzi-lo é viável”. Achei perfeita. Ao longo dos mais de 30 anos de minha empresa, a Presença Propaganda, eu e meu sócio, o Fernando Brengel, passamos por poucas e boas.

Quando abrimos, tinha eu 20 anos (tive que ser “emancipada”) e o Fernando, 23. Eram os tempos de inflação galopante; planos econômicos mirabolantes; orçamentos que só valiam por um dia, quiçá uma manhã; overnight; dólar na estratosfera. E, apesar de tudo, a gente foi em frente. Com sacrifícios, dificuldades, mas também muita persistência. Crescemos, diminuímos, lucramos, tivemos prejuízo, quebramos, recomeçamos, nos reerguemos. Acima de tudo, aprendemos.

A real: o sistema é bruto!

Acho que o grande problema de quem empreende é achar que vai ser fácil. Não vai. Por melhor que seja sua ideia, por mais que você siga todas as recomendações dos manuais de empreendedorismo, convença-se: NÃO VAI SER FÁCIL! E, se você não tiver disposição – e estômago – para isso, esqueça.

A febre do empreendedorismo no Brasil é uma coisa boa, mas não pode haver ilusão – essa é uma briga para quem é teimoso, e realmente AMA estar nela.

Em tempo: resolvi escrever esse texto por conta de duas matérias publicadas na Folha de São Paulo (versão online), cujos links estão nas imagens acima. Gostaria muito de receber os comentários de vocês a respeito!


Jennifer Monteiro, sócia e diretora de atendimento da Presença Propaganda, idealizadora, junto com o sócio Fernando Brengel, do Projeto Apareça e Cresça.