As quatro habilidades principais de um líder

Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, explica quais pilares levam a ser um grande líder e destaca a experiência que teve em sua jornada

Ser um líder em uma empresa não está relacionado com hierarquia, mas sim com o ser seguido por outras pessoas. Isso é o que pensa Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, edtech criada por empreendedores para empreendedores, com o propósito de apoiar em todas as etapas da jornada de uma startup. “Esse é um conceito que muita gente ainda não entende da melhor forma e acaba confundindo liderança com chefia. Ser um líder não é sobre estar no comando, mas sim sobre tomar conta daqueles que estão sob nossa responsabilidade. Além disso, antes de tudo é de grande importância ter consciência, autoconhecimento e controle para dar o próximo passo”, diz. 

Com isso, Fernando aponta dois pilares chaves que se desdobram em diversas ações fundamentais: inspirar pessoas em uma determinada direção ou objetivo e cuidar delas com feedbacks transparentes e empáticos.

“Líderes não são apenas aqueles que estão em altos cargos, mas sim aqueles corajosos, dispostos a tomar riscos, que são exemplos para os demais”, complementa. E para exercer a liderança é perceptível que alguns traços e habilidades sejam relevantes para aqueles que desejam se fortalecer, são elas:

  • Coragem: líderes são desafiadores, estão acostumados a tomar decisões sob pressão e não têm medo de errar, porque entendem que faz parte do processo de inovação;
  • Tomar conta dos liderados: um bom líder apoia seu time em todos os momentos e está presente para cuidar, criando um ambiente seguro, com empatia e que seja amigável às falhas.
  • Ser altruísta: o líder coloca a necessidade e o bem de outras pessoas acima de si mesmo. Como o velho ditado diz: “Leaders eat last”, ou seja, líderes comem por último e não deixam ninguém para trás. 
  • Guiar o time: o bom líder não deixa seu time no escuro e dá uma visão clara do caminho, em contexto, expectativas, direção e objetivos. 

Liderar um time não é uma tarefa fácil e vai ficando cada vez mais complexo à medida que o time aumenta, pois, de forma natural, a quantidade de interações e trocas crescem rapidamente.

“Lidar com as expectativas e as frustrações de cada um, manter o time motivado e engajado, identificar rapidamente quem não está no mesmo barco e encontrar um bom work-life balance, são alguns dos principais desafios do dia a dia de um time”, diz Senna

O empreendedor sintetiza em quatro pontos os principais aprendizados que teve na sua jornada como líder: 

  1. A primeira coisa é ter mente que pessoas são pessoas e que cada um tem a sua individualidade, sonhos, traumas e experiências, que o faz único no modo de pensar e agir; 
  2. Segundo ponto é conectar-se com as pessoas de verdade, entender as dores e as aspirações delas, saber o que as move;
  3. O terceiro aspecto é para que seja vulnerável. Essa é uma via de mão dupla e a forma mais genuína de desenvolver uma relação verdadeira com outra pessoa; 
  4. Por fim, seja transparente, honesto e direto, mas sempre com empatia.

“Lembre-se que a forma como você faz qualquer coisa, é a maneira que você faz tudo. Integridade e ética são inegociáveis para a sua organização”, conclui.

Fonte: Assessoria de Imprensa Start Empreededor / Outubro 2022

Foco nas pessoas, e não nos crachás

MPI 2019 – Insights da Palestra “Gestão de Pessoas na Era Digital”.

As mudanças trazidas pelo crescente avanço tecnológico impactam fortemente as relações humanas. É importante, portanto, que empresas e suas lideranças estejam atentas a esse novo cenário. Esse foi o tema da palestra de Yuri Lazaro, coordenador do Certificate em Project Management da Business School São Paulo, na 14a. edição do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019, promovido pelo DEMPI – Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria, da FIESP.

Em sua exposição, Lazaro ressaltou que uma das grandes causas da mortalidade das empresas é a falta de engajamento de seus funcionários e consumidores. Vivemos uma época de crise de lideranças. Quando as pessoas abandonam uma empresa, na verdade elas estão abandonando seus líderes, que não souberam converter conflitos em cooperação.

Quanto mais mergulhamos na era digital, quanto mais automatizados se tornam os processos, mais o diferencial das empresas estará no fator humano. O verdadeiro líder é aquele que sabe disso, e cria mais pontes e menos muros. Foca no engajamento e nas pessoas.

Serão vencedoras as empresas que pararem de olhar para o dia a dia, e começarem a se preocupar em criar valor de longo prazo. Despertar o senso de comunidade. Para isso, importará menos o “what” (o que fazer) ou o “how” (como fazer), e mais o “why” (porque fazer). Ou seja, o foco estará no propósito da empresa; o que a move.