Palestra de Antonio Carlos teixeira Álvares no MPI 2019: "Inovação Horizontal"

MPI 2019 – Insights da Palestra “Inovação Horizontal”.

Muito se fala sobre inovação, e do quanto é imprescindível que as empresas adotem uma postura inovadora. Porém, o que é REALMENTE inovar?

Em sua palestra no Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019, Antonio Carlos Teixeira Álvares – vice-presidente do Conselho de Administração da Brasilata S.A. Embalagens Metálicas, diretor da FIESP e professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas -, define e desfaz, de forma bem didática, algumas confusões comuns no uso desse conceito.

Definição

Inovação é a nova ideia que foi implementada e obteve sucesso, deu resultado. Não há inovação fracassada.

Novas tecnologias não são sinônimo de inovação, embora essas duas palavras sejam usualmente associadas. Na verdade, a grande maioria das inovações não são tecnológicas. Há dois tipos de inovação:

  • as radicais, assim denominadas por apresentarem resultados excepcionais: geralmente criam uma nova indústria ou mudam a base de competição de uma indústria já existente. Exemplo: o novo estilo de cafeteria trazido pelo Starbucks;
  • as incrementais, aquelas que trazem pequenos resultados, mas são importantes porque valorizam e sedimentam o hábito da mudança. Estão presentes em todas as organizações, especialmente nas pequenas e médias.

Ao contrário do que muitos dizem, as inovações incrementais não competem nem desestimulam as inovações radicais. Elas são aliadas, e ambas precisam de uma cultura interna de inovação.

Comprometimento em todos os níveis

Podemos dizer que uma empresa tem um “cultura interna de inovação” quando esta começa pelo CEO e se infiltra por toda a organização, até o soldado mais raso. Todos devem ser responsáveis por promover a alimentar a geração de ideias. É preciso coragem, e isso é muito mais fácil de ser feito nas pequenas e médias empresas.

Resumido: inovar está ao alcance de todos, pois não necessariamente exige grandes investimentos. Por outro lado, requer muito comprometimento, e nem todas as empresas têm a coragem necessária para isso. Boas ideias podem ser simples e baratas, mas precisam de um terreno fértil para vicejar.

MPI 2019 – Insights da Palestra “Marketing 4.0”.

Nos dias 26 e 27 de maio estivemos na FIESP participando da 14a. edição do Congresso da Micro e Pequena Indústria – MPI 2019. Esse evento traz, a cada ano, agendas inovadoras e de interesse das micro, pequenas e médias indústrias – nesta edição o tema central foi “Preparando pessoas, transformando empresas”.

A programação incluiu palestras e oficinas com empreendedores e profissionais que apresentaram sua visão sobre marketing, gestão de dados, tecnologia aplicada aos negócios e outros assunto; oficinas práticas; espaço para networking; feirão do crédito etc.

Neste e nos próximos posts compartilharemos com vocês alguns dos insights dos dois dias de evento.

A primeira palestra ficou a cargo de Marcelo Pimenta, professor de inovação e design thinking da ESPM. O tema foi “Marketing 4.0: a experiência que vende – como a indústria pode se conectar com o cliente na era digital”.

Em sua apresentação ele ressaltou a necessidade do empreendedor estar atento a esse novo cliente, que não aceita mais passivamente aquilo que é posto, mas questiona, exige, transforma, influencia e produz conhecimento a partir daquilo que lhe é dado. Na definição cunhada por Alvin Toffler nos anos 1980, estamos diante dos “prosumers” – a junção das duas pontas opostas da relação de consumo: produtor e consumidor (em inglês “producer” e “consumer”, respectivamente).

A hora é de trocar aquele “mindset fixo” por um “mindset inovador” frente a esse novo cliente. Essa é uma escolha que as empresas devem fazer para sobreviver. Encarar o desafio da inovação, ter a coragem e o protagonismo de transformar o que mais as incomoda no seu negócio em ponto de partida para fazer algo novo. Porque, se elas mesmas não o fizerem, alguém fará.

A frase chave dessa palestra, a nosso ver, foi: “Mate seu próprio negócio; não espere que outro o faça”.